A Saúde Mental clama por atenção, priorização e ação.
Desde 1992, o dia 10 de outubro é o Dia Mundial da Saúde Mental para a educação, conscientização e defesa da saúde mental global contra o estigma social.
A partir de 1994, todos os anos há um tema para a campanha e o tema de 2020 foi: Move for mental health: let’s invest. Realocar para a saúde mental: vamos investir.
A OMS, juntamente com organizações parceiras, United for Global Mental Health e a Federação Mundial para a Saúde Mental, pediram um aumento maciço nos investimentos em saúde mental.
“A saúde mental é uma das áreas mais negligenciadas da saúde pública. Quase 1 bilhão de pessoas vivem com transtorno mental, 3 milhões de pessoas morrem todos os anos devido ao uso nocivo do álcool e uma pessoa morre a cada 40 segundos por suicídio. E agora, bilhões de pessoas em todo o mundo foram afetadas pela pandemia de COVID-19, que está causando um impacto adicional na saúde mental das pessoas.” (OPAS Brasil – 27/8/2020 | Dia Mundial da Saúde Mental: uma oportunidade para dar o pontapé inicial em uma grande escala de investimentos.)
A Saúde Mental já necessitava de mais atenção, cuidado e ações antes da pandemia. E agora, mais do que nunca, esse tema tem ganhado espaço no meio corporativo.
A vida já andava desafiadora, e com a crise sanitária a complexidade se intensificou. Bruscas e intensas mudanças, exigências e diversos problemas se agravaram e novos surgiram.
“O Dia Mundial da Saúde Mental é uma oportunidade para o mundo se unir e começar a reparar a negligência histórica em relação à saúde mental”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Já estamos vendo as consequências da pandemia de COVID-19 no bem-estar mental das pessoas e isso é apenas o começo. A menos que assumamos compromissos sérios para aumentar o investimento em saúde mental agora, as consequências para a saúde, sociais e econômicas serão de longo alcance.” (OPAS Brasil – 27/8/2020 | Dia Mundial da Saúde Mental: uma oportunidade para dar o pontapé inicial em uma grande escala de investimentos.)
Os números e as projeções em torno do assunto assustam, mas não podem nos paralisar, pois já se sabe que o investimento tem retorno.
“Os países gastam em média apenas 2% de seus orçamentos de saúde em saúde mental. Apesar de alguns aumentos nos últimos anos, a assistência internacional ao desenvolvimento para a saúde mental nunca excedeu 1% de toda a assistência ao desenvolvimento para a saúde. Isso apesar do fato de que para cada US$ 1 investido em tratamento intensivo para transtornos mentais comuns, como depressão e ansiedade, há um retorno de US$ 5 em melhoria da saúde e produtividade.” (OPAS Brasil – 27/8/2020 | Dia Mundial da Saúde Mental: uma oportunidade para dar o pontapé inicial em uma grande escala de investimentos.)
“Um trabalhador feliz é 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e vende 37% mais, de acordo com estudo da Universidade da Califórnia. Um dos maiores levantamentos sobre bem-estar no ambiente de trabalho foi desenvolvido pela empresa de consultoria e auditoria PwC em parceria com a Universidade do Sul da Califórnia entre 2018 e 2019, coletando dados de mais de 1.425 trabalhadores.” (Investir na saúde mental dos trabalhadores gera produtividade – Ana Paula Lisboa – 20/9/2020)
É preciso, antes de mais nada, considerar que o problema existe, ter interesse genuíno, dar atenção a ele, buscar informação, pensar junto, escutar e incluí-lo na lista de prioridades. Receitas, fórmulas mágicas, desconheço. O que sei, por conta da minha curiosidade e interesse no assunto, é que não dá mais pra fingir que esse problema está da porta pra fora, que é dos governos, das pessoas, do outro.
O preconceito tem que acabar
Por onde começar? Na minha visão, começar rompendo o preconceito já é um grande começo. Encontramos ainda na sociedade e, consequentemente, dentro das empresas, crenças limitantes a respeito dos problemas da mente. É mais fácil dizer que vamos ao dentista, ao dermatologista ou psicólogo ou psiquiatra? Não julgue quem precisa desse tipo de ajuda profissional. Ao invés disso, leia sobre o assunto, pergunte, informe-se.
Além de romper o preconceito, podemos nos perguntar: o que posso fazer para o meu bem-estar e qualidade de vida? O que posso fazer, como posso contribuir para o bem-estar e a qualidade de vida da minha família? Dos meus vizinhos? Da minha comunidade? Dos meus colegas de trabalho? Dos meus funcionários?
07 de Abril, dia mundial da Saúde
Aproveitando que o próximo dia 7 de abril é o dia Mundial da Saúde, e não há como pensar em saúde sem considerar a saúde mental, pois segundo a OMS, “ (…) o conceito de saúde vai além da mera ausência de doenças. Na verdade, só é possível ter saúde quando há um completo bem-estar físico, mental e social de uma pessoa”, o presente texto pretende trazer a atenção para o tema para que possa haver uma mobilização de ações individuais, coletivas, públicas e privadas no que se refere a esforços que visem melhorar os investimentos, visando não somente a prevenção e o tratamento de doenças, mas a ações que objetivem a qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos, para que possam de fato, e como diz a OMS, reconhecer suas próprias habilidades, lidar com os estresses normais da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera, sendo capaz de contribuir para a sua comunidade.
Camila Barreto é psicóloga formada pela FURB com MBA em Gestão Empresarial e Liderança pelo INPG, Certificada em terapia EMDR* e cursando Pós em Constelação Sistêmica Integrada pelo centro de mediadores do DF. Atua com Psicologia Clínica e como Consultora na Véli -Santa Catarina
*Eye Movement Desensitization and Reprocessing.
Curiosa, incomodada e preocupada com o tema, busca nos materiais já produzidos, nos cases que já existem, a inspiração para sensibilizar pessoas e empresas a darem atenção ao tema e a se mobilizarem para a ação.
Fontes:
- OPAS Brasil – 27/8/2020 | Dia Mundial da Saúde Mental: uma oportunidade para dar o pontapé inicial em uma grande escala de investimentos.
- Investir na Saúde Mental dos trabalhadores gera produtividade – Saiba o que os empregadores podem fazer para apoiar o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores durante a crise sanitária e depois dela. Ana Paula Lisboa – 20/09/2020
- OPAS/OMS – 10/10/2016 | Apoia governos no objetivo de fortalecer e promover a saúde mental da população.
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