\ VÉLI SANTA CATARINA \ Cinco grandes desafios do RH nos dias de hoje

Cinco grandes desafios do RH nos dias de hoje

Permita-me começar dizendo que o título deste artigo já me gerou grandes e boas discussões!

Ouvi gente dizendo que “RH?! Mas você ainda fala ‘RH’? Se quer falar do que é contemporâneo deveria chamar a área de outra coisa!” ou “Mas você vai falar de quê: do RH estrategista de desenvolvimento ou do antigo DP?”.

O fato é que, nos últimos anos, a área de Recursos Humanos ganhou inúmeras novas denominações no mercado brasileiro. Em algumas empresas se transformou em área de Gestão de Pessoas ou Gestão de Talentos. Já em outras – nas que defendem que a gestão de pessoas não é feita pelo RH – batizaram-na de área de Desenvolvimento Humano.

Tudo isso porque o RH vem sendo permanentemente provocado a se posicionar de uma forma diferente: mais estratégica, mais pensante, consultiva e influente nas organizações.

A verdade é que, para o mundo dos negócios, o nome da área é muito menos relevante que a real necessidade de mudança estratégica em sua atuação.

Dito isso, e para que possamos nos ater ao foco de nossa reflexão, sugiro que se sinta a vontade para chamá-la ou entendê-la com o nome que melhor lhe convir!

Perceba que esta é uma das áreas que mais vem sendo desafiada a se desenvolver nos últimos anos e de forma cada vez mais acelerada.

Abaixo alguns de seus maiores desafios na atualidade:

1.DESAPEGAR-SE DO DEPARTAMENTO PESSOAL: O antigo Departamento Pessoal respondia pelos processos administrativos ligados à gestão de pessoas. Era ele o setor responsável pelas rotinas de folha de pagamento, férias, administração de benefícios e de contratações e demissões.

Hoje, grande parte das organizações já entendeu que estas atividades não cabem mais junto às ações estratégicas de desenvolvimento humano. Em muitos casos, estes processos já estão sob a jurisdição do departamento financeiro.

Portanto, o RH atual não é o antigo departamento pessoal! Não é fruto de uma transformação. E nem poderia. Profissionais com conhecimentos e habilidades para estas tarefas, muitas vezes não combinam com as inerentes àquela nova área. O RH de hoje é outra coisa. É outra área.

2.A EXPECTATIVA DO EMPRESÁRIO MUDOU… PARA MAIS: É missão do RH estar focado em atrair as pessoas certas, desenvolver políticas de retenção de profissionais chave, criar planos de capacitação das pessoas com vistas aos objetivos de desenvolvimento da empresa, operar um sistema justo e atrativo de remuneração e recompensa.

O que se percebe é que nos dias de hoje o empresário espera que o RH participe, contribua e provoque efetivamente a discussão, não só de temas relacionados aos processos clássicos de Recursos Humanos, mas que traga à mesa temas contemporâneos e relevantes para a melhoria da competitividade das empresas.

O empresário está dando voz ao RH. Cabe a ele “abraçar o microfone” e tratar dos temas certos.

3.SER O ELO FORTE ENTRE A EMPRESA E SUAS PESSOAS: O RH de hoje é o responsável por promover o “link”, a conexão das pessoas com os objetivos e estratégias de uma organização. De um lado nós temos as empresas, que vivem em um cenário de crise, mas de crescente competitividade em nível mundial. Um cenário onde cada vez mais todo mundo concorre com todo mundo e só vence quem tiver processos estruturados e enxutos, criatividade, qualidade acima do esperado, prazo, preço e uma prestação de serviço impecável. Do outro lado nós temos as pessoas. Pessoas destas mesmas empresas, com seus sonhos, ambições de carreira, pessoas que buscam um trabalho com significância, com uma remuneração justa, com um propósito que as convença.

Cabe ao RH gerar a sinergia entre os dois lados de modo a transformá-lo em um lado só!

4.ENTENDER DE NEGÓCIOS: Independente do nome escolhido para a área, o RH de hoje precisa estar conectado integralmente aos donos ou acionistas do negócio,  entender seus planos futuros e suas expectativas de resultado. Só assim conseguirá ter uma atuação eficaz, moderna, e que contribua estrategicamente.

Se no passado a área atuava em rotinas operacionais e até assistenciais, hoje o mundo corporativo exige que ela tenha visão empresarial, que interaja com todas as áreas da empresa, que compreenda cenários econômicos e seus impactos no negócio e que consiga projetar e gerir com eficácia o orçamento destinado a ela.

5.CONTAR COM PROFISSIONAIS CONSULTORES E GENERALISTAS: As mudanças do setor também abriram caminhos para o surgimento de um novo perfil de profissional: o consultor. E consultor é aquele profissional que consegue transitar facilmente em todas as áreas com uma visão mais generalista e menos voltada a processos. Que consegue estruturar ações inovadoras e eficazes para garantir a extração do melhor de cada equipe e do alta desempenho.

Além disso, para o mercado de hoje um bom profissional de RH deve ser excelente em relações humanas, em negociação e ser capaz de sempre estruturar suas ações com vistas a Resultado!

Em resumo, o RH centrado em tarefas, em processos pontuais e atividades básicas, está liquidado. É passada a hora de o RH, independente de seu nome de batismo, apoderar-se de seu papel estratégico como gerador de resultados!

À luta RH!

Flávia Iezzi P. Kurth

Diretora Executiva na Véli SC

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Véli – Soluções em RH

(47) 3041-0041