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Sexta…Uma História para Contar

Sexta-feira, final de tarde. Semana envolvida na análise dos resultados da Pesquisa sobre o profissional mineiro e os aspectos culturais que impactam na gestão de pessoas, respondida por profissionais não mineiros.

Sexta feira, final de tarde. Recebendo cliente no escritório para a escolha de gerente comercial. Visita do Presidente e Diretor. Trabalho entregue, candidatos entrevistados, cliente satisfeito. A consultora retoca maquiagem. É sexta feira.

Na antessala, momento de descontração, converso com meu cliente sobre o trabalho e, claro, empolgadíssima conto sobre a Pesquisa e o final de semana que teria pela frente preparando o material da apresentação de segunda-feira para um grupo de profissionais de Recursos Humanos. Não escondi estar um pouco ansiosa, já que iria apresentar resultados justamente para um grupo de mineiros.

Relatei rapidamente alguns pontos da Pesquisa que mais me chamaram atenção como: o mineiro aprecia a informalidade, tem dificuldade para receber feedbacks, é generoso, receptivo e…  completei sorrindo: desconfiado. Pois é. “Como pode ser receptivo e desconfiado ao mesmo tempo”? – perguntei, intrigada.

Meu cliente * sorriu gentilmente, pediu que eu sentasse para ouvir o que ele tinha a dizer sobre os motivos da “famosa” desconfiança. Como bom mineiro contou sobre a chegada dos bandeirantes em busca do ouro nas terras de minas, do crescimento, das crises com a Coroa Portuguesa, dos royalties a serem pagos, das riquezas da cidade de Diamantina, e também sobre o motivo dos Marianenses (nascidos em Mariana, a … quilômetros de Belo Horizonte ) serem chamados de gaveteiros, pelo costume de esconder a comida  — que não era farta —   de modo a não dividir com as visitas que chegavam bem na hora das refeições , etc. etc. Fiquei ouvindo encantada com a forma como ele  me contava a história . Olhar distante, calmo e tão didático. “Quantos motivos para desconfiar dos forasteiros” –  considerei, voltando ao passado mineiro.

Conclusão: Para entender a cultura é preciso ouvir histórias… “Minha apresentação já estava pronta” – pensei. E  só poderia começar com: “Era uma vez…

Num dado momento, nos despedimos. Eu, muito  agradecida pelo tempo e pela história. Até breve. Cada um para um lado .

Sexta-feira final de tarde…

Lizete Araujo – Diretora Executiva

Véli – Unidade Minas gerais

*Antonio Dias Vieira, que gosta de ser chamado de Tunico, mineiro, engenheiro e Presidente da Engecred.

Sexta-feira, final de tarde. Semana envolvida na análise dos resultados da Pesquisa sobre o profissional mineiro e os aspectos culturais que impactam na gestão de pessoas, respondida por profissionais não mineiros.

Sexta feira, final de tarde. Recebendo cliente no escritório para a escolha de gerente comercial. Visita do Presidente e Diretor. Trabalho entregue, candidatos entrevistados, cliente satisfeito. A consultora retoca maquiagem. É sexta feira.

Na antessala, momento de descontração, converso com meu cliente sobre o trabalho e, claro, empolgadíssima conto sobre a Pesquisa e o final de semana que teria pela frente preparando o material da apresentação de segunda-feira para um grupo de profissionais de Recursos Humanos. Não escondi estar um pouco ansiosa, já que iria apresentar resultados justamente para um grupo de mineiros.

Relatei rapidamente alguns pontos da Pesquisa que mais me chamaram atenção como: o mineiro aprecia a informalidade, tem dificuldade para receber feedbacks, é generoso, receptivo e…  completei sorrindo: desconfiado. Pois é. “Como pode ser receptivo e desconfiado ao mesmo tempo”? – perguntei, intrigada.

Meu cliente * sorriu gentilmente, pediu que eu sentasse para ouvir o que ele tinha a dizer sobre os motivos da “famosa” desconfiança. Como bom mineiro contou sobre a chegada dos bandeirantes em busca do ouro nas terras de minas, do crescimento, das crises com a Coroa Portuguesa, dos royalties a serem pagos, das riquezas da cidade de Diamantina, e também sobre o motivo dos Marianenses (nascidos em Mariana, a … quilômetros de Belo Horizonte ) serem chamados de gaveteiros, pelo costume de esconder a comida  — que não era farta —   de modo a não dividir com as visitas que chegavam bem na hora das refeições , etc. etc. Fiquei ouvindo encantada com a forma como ele  me contava a história . Olhar distante, calmo e tão didático. “Quantos motivos para desconfiar dos forasteiros” –  considerei, voltando ao passado mineiro.

Conclusão: Para entender a cultura é preciso ouvir histórias… “Minha apresentação já estava pronta” – pensei. E  só poderia começar com: “Era uma vez…

Num dado momento, nos despedimos. Eu, muito  agradecida pelo tempo e pela história. Até breve. Cada um para um lado .

Sexta-feira final de tarde…

Lizete Araujo – Diretora Executiva

Véli – Unidade Minas gerais

*Antonio Dias Vieira, que gosta de ser chamado de Tunico, mineiro, engenheiro e Presidente da Engecred.